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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Jovens nordestinas apresentam risco elevado de adquirir toxoplasmose


Para investigar a prevalência e os fatores de risco para toxoplasmone entre gestantes brasileiras, Oliver Liesenfeld, da Charité Universitätsmedizin Berlin, na Alemanha, e colegas da Universidade Federal do Ceará investigaram 963 gestantes atendidas em um hospital obstétrico de Fortaleza, no Ceará. Os resultados da pesquisa foram publicados este ano no The American journal of tropical medicine and hygiene. 


Os autores contam no artigo que avaliaram a soroprevalência de IgG e IgM contra Toxoplasma gondii. O T. gondii é o protozoário causador da toxoplasmose e a ingestão de água e/ou alimentos contaminados com os cistos desse protozoário leva ao desenvolvimento da doença. Vale lembrar que embora a doença não seja transmitida pelo contato direto com outro homem infectado ela pode ser transmitida de forma congênita, ou seja, da mãe para o feto. O diagnóstico da toxoplasmose é feito através de exames de sangue laboratoriais nos quais se investiga a presença das imunoglobulinas IgG e IgM contra T. gondii. As imunoglobulinas são anticorpos produzidos pelo organismo quando em contato com o agente infeccioso. 

No estudo em questão, os pesquisadores identificaram que 68,6% das participantes apresentavam IgG contra T. gondii e 0,5% IgM contra T. gondii. Eles afirmam no texto que "soroprevalência de IgG foi alta em mulheres com menos de 25 anos de idade (91,7%) e em mulheres de baixa renda". 

Segundo Oliver e colegas, análises estatísticas mostraram que o consumo de gelo caseiro, legumes lavados com água não tratada, consumo de carne de frango e posse de cão foram fatores associados positivamente com a soropositividade para IgG. 

"As mulheres jovens que vivem no Nordeste do Brasil em más condições socioeconômicas estão em maior risco para adquirir a infecção pelo T. gondii. Contaminação da água e do solo por oocistos deve ser abordada nas estratégias de prevenção no futuro", consideram os autores. 

Do Grupo

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